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segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Apoio Matricial e Equipe de Referência; Apoio Institucional; Trabalho em equipe multiprofissional; Projeto Terapêutico Singular;

Apoio Matricial
A desburocratização e a desfragmentação do cuidado em saúde dependem do estabelecimento de novos arranjos organizacionais, que incluem formas diferentes de organizar o processo de trabalho das equipes e o padrão de comunicação dos trabalhadores e serviços de Saúde, e desses com os usuários.
Esses novos arranjos devem facilitar a transversalidade das ações e a troca de informações, de modo a garantir a integralidade da atenção e a promover a responsabilização dos trabalhadores com a produção de saúde.

O “apoio matricial” (AM) e a “equipe de referência” (ER) são dois arranjos que auxiliam na mudança nos modos de produzir saúde, na medida em que estabelecem novas formas de relação entre as equipes e os serviços. O apoio matricial visa garantir a retaguarda especializada às equipes que realizam atenção à saúde, tratando-se de metodologia de trabalho que complementa os mecanismos de referência e contrarreferência, os protocolos e as centrais de regulação. Propõe-se a ofertar, além de retaguarda assistencial, suporte técnico pedagógico às equipes de Saúde. O AM está imbricado ao conceito de ER. 

O “profissional ou equipe de referência” seria aquele com a responsabilidade pela condução de um caso individual, familiar ou comunitário, a exemplo do arranjo adotado na Estratégia Saúde da Família (ESF) . As equipes de referência têm composição multiprofissional de caráter transdisciplinar e são responsáveis pela assistência à “saúde de um número de pacientes inscritos, segundo sua capacidade de atendimento e gravidade dos casos” . Dessa forma, quando não existe equipe de referência, é comum que o paciente peregrine em busca de assistência em toda a rede e acabe sendo “responsabilidade de todos os profissionais e, ao mesmo tempo, de nenhum”. Dessa forma, o AM é um arranjo que complementa as ERs, que, por serem responsáveis pelos seus pacientes e por conhecê-los, não precisam encaminhá-los o tempo todo aos especialistas, sendo possível solicitar apoio. Assim, o apoiador matricial possui conhecimento e perfil distintos dos profissionais da equipe de referência, agregando saber e contribuindo com o aumento da capacidade de resolver problemas de saúde da equipe inicialmente responsável pelo caso. O apoio matricial é, portanto, um arranjo organizacional que lança mão de saberes e práticas especializadas, sem que a equipe de referência deixe de ser a responsável pelo paciente.

Projeto Terapêutico Singular
O projeto terapêutico singular (PTS) é um conjunto de condutas/ações/medidas, de caráter clínico ou não, propostas para dialogar com as necessidades de saúde de um sujeito individual ou coletivo, geralmente em situações mais complexas, construídas a partir da discussão de uma equipe multidisciplinar.

Pelas características da atenção domiciliar, já comentadas neste capítulo, o PTS representa um importante dispositivo que as Emad/Emap devem utilizar ao se depararem com casos/situações mais complexas e de difícil resolução, caracterizadas pela necessidade de se acionar um conjunto de recursos disponíveis na Rede de Atenção à Saúde ou fora dela, nos Centros de Referência em Assistência Social (Cras), por exemplo.

Importante ressaltar que a construção de um PTS, sempre que possível e necessário, deve ser realizada coma participação de membros das equipes de Atenção Básica quando o paciente em AD se encontrar em sua áreade abrangência. Dessa forma, o projeto terapêutico é enriquecido por informações e conhecimentos que só oa companhamento transversal prestado pela AB poderia fornecer, além de favorecer o cuidado partilhado entre as equipes de AD e as de AB, fortalecendo, assim, vínculos, e não os quebrando. Desse modo, a Emad e a equipe de AB atuam conjuntamente para ajudar a entender o sujeito em seu contexto e a definir propostas de ações.

O esforço que envolve a elaboração e gestão de um PTS favorece os processos de “alta para AD1”. Isso significa que o paciente ainda com necessidade de atenção à saúde no domicílio e que teve seu quadro estabilizado por meio do cuidado realizado pelas equipes de AD será acompanhado, agora, pelas equipes de Atenção Básica: é a “alta para AD1”. A articulação das equipes em todo o processo que envolve o PTS facilita sobre maneira essa transição.
O projeto terapêutico pode ser elaborado também para grupos ou famílias e contempla as fases de diagnóstico, definição das metas, definição das responsabilidades e reavaliação.

Apoio Institucional 
Função gerencial de apoio à gestão em saúde com objetivo de auxiliar as equipes a explicitarem e lidarem com problemas e conflitos, auxiliando na tarefa de colocar suas práticas em análise e possibilitando a construção de intervenções.

Utiliza os desafios e tensões do cotidiano como matéria-prima, buscando FACILITAR a conversão de situações paralisantes em situações produtivas.

Objetivos
 Auxiliar as equipes de Atenção Básica na organização do processo de trabalho e melhoria
do acesso, da oferta de serviços e da qualidade do cuidado aos usuários do SUS;
 Preparar as equipes para a Avaliação Externado PMAQ;
 Capacitar os novos funcionários contratados por meio do Curso Introdutório;
 Auxiliar na construção do Mapa da Saúde.

Dimensionamento de Enfermagem